O mercado imobiliário é um setor em constante movimento e que passa por diversas mudanças ao longo do tempo. Nesse sentido, os representantes do setor têm buscado participar ativamente das discussões em Brasília, como foi o caso da recente reunião para debater a reforma tributária.
A preocupação é com o aumento de impostos que podem dificultar a entrada de investimentos e novos compradores, prejudicando a oferta de moradia acessível e digna. Além disso, as construtoras e incorporadoras também têm buscado ir além da construção de edificações e participar da revitalização de bairros, o que demonstra uma preocupação social e resulta em melhorias significativas para a qualidade de vida dos moradores e da comunidade.
O mercado de imóveis no Brasil apresenta um cenário otimista com base nos resultados das empresas de capital aberto no primeiro trimestre deste ano e a expectativa de uma possível queda na taxa básica de juros. No entanto, ainda há desafios a serem superados, como a busca por novas frentes de recursos ao financiamento imobiliário e as mudanças no perfil dos consumidores.
Confira abaixo nosso resumo semanal das ultimas noticias do mercado imbiliário:
Diversos representantes estiveram em Brasília nesta semana para debater a reforma tributária junto a deputados e senadores. Foram discutidas pautas que afetam o setor, a agenda legislativa e os projetos prioritários, entre eles, a reforma.
O presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI), Ricardo Abreu, ressaltou a importância do setor de serviços para a economia e reforçou a necessidade de esclarecer os impactos da reforma tributária no setor imobiliário.
Segundo Abreu, o aumento de impostos relacionados ao setor imobiliário dificulta a entrada de investimentos e de novos compradores, o que prejudica a oferta de moradia digna e acessível. Em outros países, o setor imobiliário é tratado com uma alíquota especial, pois é visto como um setor importante para a economia e com impacto social relevante.
O encontro entre os representantes do setor imobiliário e os congressistas foi considerado positivo, apesar de ainda não envolver discussões profundas sobre as demandas apresentadas.
O mercado imobiliário é bastante heterogêneo e não pode ser tratado de maneira uniforme. Uma das pautas mais debatidas está ligada ao Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que incidiria sobre as operações de transferência de direitos sobre imóveis e as receitas de operações imobiliárias seriam tributadas por um pacote de taxas que reúne os atuais ICMS e ISS com tributos federais ligados a consumo, como PIS e Cofins.
A avaliação dos representantes do mercado é que o modelo de IVA utilizado pela União Europeia poderia ser utilizado como referência.
O mercado imobiliário está mais unido e vigilante, com poder de influência junto aos congressistas. A participação dos representantes do setor é importante para que as decisões em Brasília sejam mais interessantes para a dinâmica econômica das empresas imobiliárias.
Agora, elas também buscam participar da revitalização de bairros, o que resulta em melhorias significativas na qualidade de vida dos moradores e na comunidade ao redor. Essas iniciativas demonstram preocupação social e ainda proporcionam maior valorização e apelo para as construções.
Algumas dessas iniciativas visam a melhoria estética da área, enquanto outras investem em urbanização para trazer praticidade para o dia a dia dos moradores. Com essas ações, as construtoras estão tornando os bairros em que atuam mais agradáveis e confortáveis para se viver.
É importante destacar que a preocupação social não deve ser vista como uma estratégia de marketing, mas sim como uma responsabilidade das empresas em relação às comunidades onde atuam. Ao investir em melhorias para essas áreas, as construtoras e incorporadoras estão fazendo a diferença na vida das pessoas e ajudando a construir um futuro melhor para todos.
Com base nos resultados das empresas de capital aberto no primeiro trimestre deste ano, principalmente, aquelas focadas em propriedades com viés mais econômico, como prevíamos no início do mandato do novo governo.
Com a possibilidade de queda na taxa básica de juros (Selic) e as mudanças no perfil dos consumidores, isso pode representar uma nova retomada vigorosa do setor.
Setor de imóveis e seus desafios
O grande desafio é que, além da queda na taxa de juros, haja novas frentes de recursos ao financiamento imobiliário. Nesses três primeiros meses do ano, por exemplo, dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) mostram uma evasão da poupança de mais de R$ 41 bilhões.
No entanto, esse valor soma-se ao fato de 2022 ter terminado com uma queda de 11,8% em relação ao ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).
Com a possível redução da Selic, que tem impacto direto nas taxas de juros dos financiamentos, a expectativa é de que o setor imobiliário volte a crescer. Sendo assim, que ele atraia ainda mais investidores graças ao momento volátil que o mercado de capitais e outros segmentos vem apresentando neste início de ano. Além disso, as mudanças no perfil dos consumidores têm impulsionado a demanda por unidades compactas e comodidades presentes no local de moradia.
Mudanças de perfil de compradores
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira tem crescido em ritmo acelerado, mas a média de moradores por domicílio tem diminuído.
Porém, esse cenário tem impulsionado a procura por imóveis menores e bem localizados, que foi a aposta do setor nos lançamentos dos últimos anos, o que pode se caracterizar como uma oportunidade de investimento.
Outro fator que poderá impulsionar o mercado é a valorização dos imóveis, que tem se mantido estável mesmo em meio ao cataclisma econômico mundial.
Dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) mostram que o preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais novos em São Paulo cresceu 4,8% em 2022 na comparação com o ano anterior. Entretanto, diante desses dados, é possível ver um cenário positivo para o mercado imobiliário brasileiro. Contudo, uma eventual queda na taxa Selic pode impulsionar ainda mais o setor, que se adapta às mudanças e às demandas dos consumidores, oferecendo oportunidades de investimento em um mercado sólido e seguro num período de incertezas.
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