Os investimentos em imóveis continuam sendo a escolha número um entre os indivíduos com patrimônio líquido ultraelevado (UHNWIs). Segundo a consultora de propriedades britânica Knight Frank, dois terços da fortuna dos UHNWIs são investidos em imóveis, sendo 34% em propriedades comerciais e 32% em imóveis residenciais. Ações correspondem a 26% da classe de ativos mais procurada pelos milionários, seguidas pelos títulos públicos ou privados (17%) e pelo private equity (capital de risco), com 9%.
A pandemia de Covid-19 acelerou o desejo de mobilidade pelo mundo, com os chamados "nômades digitais" aumentando em número. Os 13% de UHNWIs que planejam adquirir um segundo passaporte ou cidadania são a ponta do iceberg.
Embora os indivíduos de patrimônio ultraelevado tenham tido um ano complicado, com perdas de 10% de sua fortuna coletiva, a Knight Frank acredita que as oportunidades devem voltar a aparecer diante da recuperação econômica global esperada para o final deste ano.
Além disso, a presença feminina no mercado imobiliário tem crescido, com as mulheres sendo responsáveis por 62% das buscas de imóveis para compra e locação. A luta pela igualdade salarial e de oportunidades é constante, mas a presença feminina no mercado imobiliário é um sinal de avanço e representa uma oportunidade para que as mulheres possam conquistar cada vez mais espaço e destaque nesse setor.
No Brasil, a construção civil tem sido responsável pela geração de 10% dos empregos formais em 2022, contribuindo significativamente para a redução do desemprego. Entretanto, já há uma queda no total de lançamentos em relação a 2021, o que torna ainda mais importante o bom desempenho do setor. Para que a economia brasileira siga em um bom patamar de crescimento, é fundamental garantir uma boa disponibilidade de funding setorial, com a ampliação do acesso à moradia digna às famílias de baixa renda e a disponibilidade de funding do SBPE em um cenário de queda na captação da Poupança.
No geral, os imóveis continuam sendo uma opção atraente de investimento para os milionários, especialmente em um cenário econômico incerto e com a pandemia acelerando a busca por mobilidade global.